Tendo em conta os acontecimentos dos últimos tempos, decidi
escrever sobre o Estádio da Madeira, casa do Nacional, que, mais ou menos
frequentemente fica involto em nevoeiro – e não, de lá nunca surgiu o D.
Sebastião, apenas de quando em vez constrangimentos provocados por jogos
adiados ou cancelados. Procurarei, por isso, explicar a razão pela qual o
Estádio do Nacional está construido no cimo da montanha; porque o União
necessita de lá jogar de quando em vez; e porque não utilizam o Estádio dos
Barreiros quando as condições climatéricas apontam, claramente, para o
surgimento de nevoeiro.
Para quem não sabe, o Estádio dos Barreiros otrora era
partilhado por Marítimo, Nacional e União, ou seja, era um estádio do governo,
em que qualquer uma das equipas poderia jogar.
Segundo sei, à alguns anos, não sei precisar quantos, o
Governo Regional disponibilizou uma verba para Marítimo e Nacional construírem
os seus estádios – desconheço se o União recebeu a verba na altura ou mais
tarde.
O Marítimo pegou no seu dinheiro e construiu um campo de
futebol quase dentro de uma ribeira, que acabou por transformar no centro de
treinos. São opções, mas basicamente pode-se dizer que provavelmente não
aproveitaram bem o dinheiro.
O Nacional, também segundo sei, pretendia fazer o seu
estádio num município vizinho ao Funchal, Caniço. No entanto, o dinheiro não
chegava para o terreno e para a construção. Por essa razão, optaram por adquirir
os terrenos na Choupana, zona alta da cidade e propensa ao nevoeiro, onde está
construído o estádio e o complexo de treinos.
Quanto ao União, construiu um Estádio, no entanto, o campo
não possui as medidas regulamentares – algo que não cabe na cabeça de ninguém.
E por essa razão os azuis e amarelos jogam num complexo desportivo situado na
Ribeira Brava, onde não podem receber os três grandes devido à lotação. É por
isso que frente a FC Porto, Benfica e Sporting o União joga no Estádio do
Nacional.
E perguntam: então e o Estádio dos Barreiros? E eu respondo,
é propriedade do Marítimo, que infelizmente não permite que nem Nacional nem
União lá joguem. E voltam a perguntar: então mas não era propriedade do
Governo? E eu respondo, era, mas já não é, porque supostamente foi o Marítimo
quem investiu nas obras, bem - o Marítimo e não só, digo eu – e por isso
ficaram com ele. Acreditem que há sempre muita discórdia por causa da
propriedade dos Barreiros, sobretudo quando o nevoeiro se instala na Choupana.
No entanto, verdade seja dita, não são assim tantos os jogos que, em cada
época, são cancelados devido às condições atmosféricas – eu pelo menos não me
recordo de, por exemplo, algum jogo do FC Porto ter sido cancelado ou adiado
nos últimos anos. Na verdade o problema, pelo menos nos últimos meses, é que
houve um jogo cancelado – o União Benfica – e outro parcialmente adiado – o
Nacional FC Porto - o que fez com que este tema fosse abordado, sobretudo nas
redes sociais. Onde se lê por aí muito disparate pegado de adeptos que por
certo nunca foram à Madeira, mas que tem a solução perfeita para acabar com o
problema do nevoeiro, pois claro, cobrir o estádio, qual estádio construído na
Alemanha ou Holanda. Quase que apetece dizer, menos, muito menos. Claro que a Liga
e o Nacional terão de arranjar uma solução, mas cobrir o Estádio não será, pela
certa.
Espero que este meu post tenha ajudado a esclarecer a
situação. E gostava de solicitar a quem possa ter mais alguma informação sobre
este assunto, ou correção a fazer, que contribua na caixa de comentários, visto
que eu socorri-me apenas da informação que conheço acerca do tema.
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