1 – Crónica
Da Liga dos Campeões para a Liga Europa
Ao início de noite desta Quarta o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Chelsea, em jogo a contar para a 6ª jornada da fase de grupos da
Liga dos Campeões. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por
2-0.
Para este encontro Lopetegui apostou num onze composto por:
Casillas; Maxi, Maicon, Marcano e Indi;
Danilo, Herrera, Imbula e Layun; Corona e Brahimi
O FC Porto não entrou mal em jogo, sendo dos Dragões a
primeira ocasião de relativo perigo, protagonizada por Brahimi. Contudo, na
primeira vez que os ingleses se aproximaram da baliza de Casillas, ao minuto 12
chegaram a vantagem, Marcano, involuntariamente, introduziu a bola na própria
baliza. Em desvantagem o FC Porto quebrou e o Chelsea procurou aproveitar para
ampliar a vantagem, que esteve perto de acontecer, quando uma bola passou perto
do poste da baliza portista. O FC Porto registou maior posse de bola, mas
infelizmente não se traduziu em situações de perigo, tão pouco golos.
No início do segundo tempo, os ingleses ameaçaram fazer o
segundo golo, mas Casillas negou-o. Corona procurou responder da melhor forma,
no entanto, não foi feliz. até que ao minuto 51, os ingleses fizeram o segundo
golo e “mataram” as esperanças portistas. Lopetegui mexeu na equipa, fez entrar
Ruben Neves, Aboubakar e mais tarde Tello, o FC Porto melhorou, no entanto, o Chelsea
fez por dar pouco espaço ao ataque portista, de modo a não sofrer golos. Ainda
assim, Brahimi, por duas vezes e tello, criaram perigo junto da baliza
adversária.
Com este resultado o FC Porto manteve os 10 pontos e
terminou a fase de grupos no terceiro lugar, segue, por isso, para a Liga
Europa.
2 – Análise
Não se esperavam facilidades, porque apesar do Chelsea não
estar a atravessar um bom momento, era certo e sabido que não ia facilitar numa
prova tão importante. Cabia ao FC Porto, que para todos os efeitos dependia de
si próprio, procurar tudo fazer para vencer o jogo. Mas as contrariedades
chegaram antes do almoço, com a notícia de que André André não poderia jogar
devido a problemas musculares - infelizmente o médio portista não é uma
máquina, pelo que é impossível fazer todos os jogos, ao contrário do que
gostariam muitos adeptos portistas. Provavelmente esta situação obrigou
Lopetegui a alterar os planos de jogo e talvez por isso Layun foi para o meio
campo. A segunda contrariedade chegou ao 12º minuto de jogo quando Marcano,
ainda que involuntariamente, introduziu a bola na própria baliza. Se a tarefa
era difícil, complicou-se mais ainda. Com o segundo tempo veio o segundo golo
dos ingleses e, o FC Porto não conseguiu marcar.
Nem acho que tenha sido um grande jogo de futebol, talvez a
preção que ambas as equipas estavam sujeitas: uma, o FC Porto, obrigado a
vencer para seguir em frente, procurando fazer história; e a outra, porque
ficar fora desta prova só agravaria ainda mais a situação em que se encontra;
tenham contribuído para tornar o jogo menos espetacular, com um FC Porto muito
mais nervoso do que seria desejável.
É certo que nos próximos dias vão ser muito discutidas as
opções de Lopetegui – confesso que já estava com dificuldades em ouvir o
comentador da Antena 1 – mas a verdade é que procurou apostar em quem poderia
resolver o jogo, Corona e Brahimi, em detrimento de Aboubakar, por estarem
motivados e com o golo bem presente, ao contrário do camaronês. Para além
disso, jogando desta forma poderia surpreender os defesas contrários. Quanto a
Layun no meio campo, francamente, não me parece ter sido uma má opção. O
problema é que não correu como desejado. Obviamente que são opções discutíveis,
mas seja como for, não podemos nos esquecer que é Lopetegui quem melhor conhece
as condições de cada jogador e que tal como todos nós, queria que a equipa hoje
fizesse história. Só que tal não aconteceu e o resultado de tudo isto é o facto
do FC Porto ter caído com estrondo da Liga dos Campeões para a Liga Europa,
depois de ter estado com um pé na fase seguinte da mais importante prova de
clubes a nível mundial. O que significa que o FC Porto dificultou a sua própria
vida ao perder na jornada anterior em casa frente ao Dínamo, não foi hoje.
Agora não vale a pena chorar sobre o leite derramado, paciência, resta olhar em
frente e encarar a Liga Europa de forma positiva, procurando chegar o mais
longe possível na competição.
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