sábado, 6 de maio de 2017

Crónica e Análise: Marítimo 1 – FC Porto 1



1 – Crónica

No início de noite deste sábado o FC Porto deslocou-se ao terreno do Marítimo, em jogo a contar para a 32ª jornada da Liga. No final do encontro verificou-se um empate a 1.
Para este jogo Nuno Espírito Santo apostou num onze composto por Casillas; Fernando Fonseca, Filipe, Marcano e Alex Telles; Ruben Neves, André André e Herrera; Ótávio, Soares e Brahimi.
O FC Porto entrou autoritário em jogo, procurando travar o Marítimo. E André André, ao minuto 11, tentou rematar, no entanto, a bola subiu mais do que o desejado. O Marítimo não desistiu de procurar, através de contra ataques, chegar junto da baliza à guarda de Casillas, mas a defesa portista, sempre equilibrada, não o permitiu. Ao minuto 23, em contra ataque rápido, Brahimi colocou a bola em Soares, contudo, o guarda-redes maritimista não permitiu os festejos azuis e brancos. Até que ao minuto 28, Ótávio ativou o marcador, aproveitando da melhor forma um mau corte da defesa madeirense. Em noite de estreia na equipa principal do FC Porto, Fernando Fonseca, ainda antes do intervalo, ficou perto de conseguir desviar para o golo que daria tranquilidade aos portistas.
No segundo tempo os dragões mantinham o controlo do jogo, mantendo-se equilibrados defensivamente. Até que através de um canto, ao minuto 69 o Marítimo chegou ao empate. O FC Porto procurou reagir, mas como o fez com mais coração do que razão, nem Marcano, nem André Silva, nem qualquer outro jogador conseguiu o golo que daria os três pontos e que faria os muitos adeptos portistas presentes na bancada explodir de alegria.
Com este empate o FC Porto soma 73 pontos e, pelo menos até amanhã, está a dois pontos do Benfica.

2 – Análise

Era importante que o FC Porto conseguisse vencer para, desse modo, pressionar o Benfica. No entanto, os Dragões não o conseguiram e complicaram, ainda mais, as suas contas e fizeram a esperança resumir-se a quase nada. Não se esperava um jogo fácil – esta época nem Benfica nem Sporting conseguiram vencer nos Barreiros – mas esperava-se que o FC Porto fosse capaz de transformar as dificuldades em facilidades e trazer os tão importantes três pontos para o Dragão. E os azuis e brancos começaram bem ao marcar antes da meia hora de jogo, contudo, no segundo tempo a vantagem transformou-se em empate. Depois o FC Porto, mais uma vez, não conseguiu concretizar as ocasiões de golo mais do que suficientes que dispôs para resolver o jogo a seu favor. Não se pode apontar falta de atitude a esta equipa – por falar nisso, parabéns Fernando pela estreia - nem se pode dizer que não tem querer, mas falta-lhe a maturidade necessária para enfrentar os momentos determinantes, transformando-os em momentos difíceis. Sim, porque é verdade que o FC Porto tem sido muito prejudicado, mas também não deixa de ser verdade que a equipa não tem conseguido ser eficaz quando mais precisa ser, deixando escapar cada ocasião como areia por entre os dedos. Foi assim na recessão ao Setúbal, na recessão ao Feirense e foi assim hoje frente ao Marítimo. Em nenhum destes jogos o FC Porto mereceu perder pontos, é certo, mas não conseguiu concretizar. Só se ganham os jogos marcando golos e sem eles entregamos o campeonato ao Benfica. Nuno disse no final do jogo que: “Só acaba quando terminar o campeonato”, certo mister, mas a verdade, e por muito que me custe, é que as forças, tal como a crença, estão a faltar-me. Juro que não queria desistir de acreditar, mas as circunstâncias e a razão dizem-me que pouco mais há a fazer do que jogar e somar os pontos, porque o tem de fazer, mas sem entrar na luta…
Em suma, mais uma vez, o FC Porto deitou dois pontos pela janela e fica, literalmente, nas mãos do Rio Ave, ainda que já não acredite que os Vila Condenses possam dar uma ajuda.



4 comentários:

vidente mor disse...

tem e de segurar o segundo lugar porque nao esta seguro. O treinador sabe tanto de futebol como eu de chines. A equipa nao joga nada, os jogadors correm, esforcam se mas a equipa nao funciona, sofrendo um golo nao ganhamos pela certa. Metade dos jogadores tem de sair brahimi, teles, maxi, andre2, os mexicanos, depoitre, talvez marcano e claro o treinador. Nos nao jogamos realmente a bola isso e uma verdade.

Ana Andrade disse...

Portanto, para si dizimar mais um plantel é a solução…? Será?

Ana Andrade

Gil Lopes disse...

Boa noite, com o campeonato decidido (nesta altura seriam precisos 2 milagres...).

Deixo aqui a minha hipotese de plantel para o ano.

Os que ficam (13):

José sá
Filipe, Marcano, Boly, Alex Telles
Danilo, Ruben Neves, André André
Oliver, Octávio, João Carlos Teixeira
Soares, Rui Pedro

Possiveis saidas (9):

Iker Casillas (depende do jogador)
Maxi Pereira (Poupasse no vencimento)
Miguel Layun (venda)
Herrera (venda, 4 anos é suficiente para perceber que não dá)
Corona (venda, gosto dele, mas só se aplica quando quer...)
Brahimi (venda, entre ele e o Danilo, prefiro que o Danilo fique).
André Silva (gostava que ficasse, mas como é do Jorge Mendes, ele deve querer uma venda para encaixe financeiro)
Diogo Jota (não é nosso, nem pensar em dar 20 milhões por ele...)
Depoitre (será que o aceitam de volta na bélgica e devolvem o dinheiro?)

Se saissem todos, saiam 9...
Serão muitos, talvez...

Entradas (5):
Ricardo Pereira
Rafa Soares
Um nº8 de qualidade ou classe extra (prospeção)
Hernani
Um extremo de qualidade ou classe extra (prospeção)

Claro que com estas saidas, faltam entrar mais jogadores, temos talvez uns 40 emprestados, se vendermos metade mais as vendas do plantel devemos ter dinheiro para comprar jogadores com qualidade.

É tempo da SAD mostrar trabalho sério e deixar-se de brincar com os sócios e adeptos do FCPORTO.

Gil Lopes

Ana Andrade disse...

Vamos por partes…
Concordo com a lista de jogadores que você queria ver ficar no plantel…
Concordo, em parte, com aqueles que seriam as possíveis vendas… Casillas, gostava que ficasse, mas como você disse, depende do jogador; tal como você, também gostava que o André Silva ficasse, até porque não gostaria que lhe acontecesse como outros - rotulados de grandes jogadores, mas claramente sem estarem preparados para sair de certo clube e que agora são flops – mas não sei se será possível segurá-lo; gostava que Brahimi ficasse, mas não sei até que ponto é possível que fique; quanto ao Depoitre, lamento que não se tenha adaptado e infelizmente o FC Porto não tem tempo para esperar que um jogador se adapte, por isso o melhor seria ele regressar ao seu país… e, de facto, se devolvessem o dinheiro era perfeito…
Vamos ver como a casa será arrumada… Mas é bom que quer quem fique, quer quem entre perceba que vem para lutar à séria contra tudo e todos… não será fácil…

Ana Andrade