1 – Crónica
O Super Barça Levou A Supertaça Europeia
No Mónaco, principado de todos os luxos, realizou-se a final da Supertaça Europeia, o FC Porto, vencedor da Liga Europa defrontou o Barcelona, vencedor da Liga dos campeões. No final do jogo verificou-se a vitória dos catalães por 0-2.
Pela terceira vez no século XXI, o FC Porto tentou conquistar a Supertaça Europeia, mas à terceira não foi de vez. O dragão não facilitou a vida ao Barça, não virou a cara à luta e durante a primeira meia hora jogou de igual para igual com o Barcelona, congelando o jogo ao máximo, evitando que a bola rondasse a baliza portista. Com mais ou menos dificuldades os dragões cumpriam essa tarefa e até andaram perto da área catalã. Logo aos 4 minutos, em zona frontal, Hulk cobrou um livre, mas a bola foi um pouco alta. Aos 7 minutos o guarda-redes do Barça desviou um remate de João Moutinho para canto. Depois de Pedro Rodriguez ter falhado um chapéu a Helton, o FC Porto voltou a rondar a baliza catalã, Hulk, depois de ultrapassar dois adversários rematou ao lado. Mas ao minuto 39, Guarin atrasou mal a bola e Messi, quem mais poderia ser? Aproveitou para inaugurar o marcador. O FC Porto não merecia estar a perder. No segundo tempo os dragões entraram à procura do golo do empate, mas sempre sem descuido a defender. Ao minuto 52, João Moutinho voltou a ser perigoso ao rematar próximo do poste da baliza do Barça. Depois do erro, Guarin esteve perto de marcar, mas, mais uma vez, o guarda-redes catalão defendeu. Por falar em defesas, Helton, ao minuto 56 defendeu um perigoso remate de David Villa. Messi voltou a colocar a bola no interior da baliza portista, mas o golo não contou por fora de jogo do argentino. A história deste jogo podia ser diferente, caso, ao minuto 79, o árbitro tivesse assinalado uma grande penalidade a favor dos dragões. E chegou o momento do jogo, Rolando viu o segundo cartão amarelo ao minuto 85, e a expulsão do defesa complicou a situação do FC Porto, que ao minuto 88 viu o Barça marcar o segundo golo, Fabregas sentenciou a partida. Ainda ouve tempo para mais uma expulsão, Guarin viu o cartão vermelho directo. E assim foi a final da Supertaça Europeia.
2 – Análise
Havia esperança, havia crença, havia um sonho imenso, mas do outro lado estava o Barcelona, uma equipa real, com jogadores reais que parecem jogar mecanizados, e por isso a esperança, a crença e o sonho não foram suficientes. Não é vergonha nenhuma nem nenhum drama perder contra este Barcelona. No fundo, lá no fundo, atrás da esperança, da crença e do sonho, todos nós sabíamos que para o FC Porto vencer, o Barça teria de ter azar e o Porto sorte. Havia esperança, crença e o sonho, mas a estrelinha da sorte não quis iluminar o FC Porto. Custa sempre perder, mas, como já referi, perder frente a este Barça não é nenhum drama nem nenhuma vergonha. Gostei muito da postura dos dragões neste jogo, e por isso tenho orgulho nesta equipa, porque o FC Porto lutou, e lutou com as armas que tinha, nem todos estão na melhor forma, mesmo assim lutou e resistiu até onde pôde. Até esteve perto de marcar, mas, como já referi, a estrelinha da sorte não quis iluminar o FC Porto, e os dragões saíram do Mónaco derrotados, mas de cabeça erguida. Agora à que olhar para a frente e pensar no campeonato e na fase de grupos da Liga dos Campeões. E guardar este jogo na memória, porque à que recordar os grandes jogos, e os adversários que sabem respeitar e o Barça respeitou o FC Porto.
4 comentários:
Perdemos, mas saímos (temos de sair!) de cabeça erguida do Mónaco.
Admito que acreditava na vitória e, depois de ver os primeiros minutos, acreditei ainda mais. O golo de Messi acabou por surgir contra a corrente e devido a um erro (muito) invulgar de Guarín. Continuámos à procura do golo, do empate, do renascimento do jogo, mas o Barça fez o que melhor faz: trocou a bola. Mesmo pressionados, conseguiram aguentar-se e (com algumas defesas de Valdés pelo meio) a vitória lá acabou por surgir.
Apesar de tudo só temos de congratular os nossos jogadores, perdão, equipa!, porque hoje provámos que somos e temos equipa!
Somos Porto!
Um abraço
Estádio cheio, grande ambiente, duas claques apaixonadas e vibrantes, um clima de festa, todos os ingredientes reunidos para uma grande noite do futebol. De um lado o campeão europeu, o super-Barça de Pepe Guardiola, considerada a melhor equipa do mundo e super-favorita, do outro o F.C.Porto, vencedor da Liga Europa, único clube do futebol português que de há muitos anos a esta parte, consegue estar na alta roda do desporto-rei e competir ao mais alto nível.
E o F.C.Porto competiu, perdeu e perdeu bem, frente a uma equipa que lhe é superior, aliás o Barça é superior a todas as equipas do futebol mundial, mas não há nada a apontar à equipa portista. Trabalhou, lutou, mostrou qualidade e saiu do principado com o prestígio incólume.
Frente a este Barcelona para ganhar é preciso fazer uma exibição perfeita. Linhas bem marcadas, espaços reduzidos, concentração máxima, qualidade com a bola e não cometer erros. Eles com espaços, com tempo para pensar e executar, não dão hipóteses, mais, cada erro paga-se caro. Foi, numa análise simplista, mais ou menos isto que se passou. Estivemos bem, concentrados, bem tacticamente, o Barça dominava, mas o Porto replicava, até que Guarín, cabeça sabe-se lá onde, cometeu um erro, entregou a bola a L.Messi e entregar a bola a L.Messi naquela zona, é a morte do artista.
Foi com a vantagem mínima e injusta, que o Barcelona foi para o intervalo. Voltamos bem, fomos estando vivos e bem vivos no jogo, criamos lances de perigo, até que, na fase final e já com menos um - expulsão de Rolando -, sofremos o segundo golo, a 3 minutos do fim, resultado que é justo, embora o F.C.Porto merecesse ter marcado.
Não vou falar do árbitro, não vale a pena. Não gosto de me desculpar com conversa de calimero, mesmo quando as razões são óbvias.
Beijinho
Olá bom dia,
Ontem tivemos pela frente uma grande equipa, que com o seu futebol do tal "tiki e taka", segura muito bem a bola em zonas avançadas do terreno e torna difícil a tarefa das equipas adversárias.
Para anular este futebol, Vítor Pereira estudou uma das formas de puder travar esse futebol, colocando os nossos médios interiores, Moutinho e Guarin, nas zonas de acção onde o Barça constrói o seu jogo por vezes irritante.
Mas entrar preocupado em anular este jogo catalão, retirou nos o atrevimento ofensivo, de que eu estava à espera, aproveitando o facto do Barcelona ter indisponíveis os seus centrais.
Souza poderia ter tido ontem um papel mais preponderante, se tivesse a capacidade de saber lançar longo os seus colegas das alas, pois Moutinho e Guarin estavam "ocupados" nas tarefas defensivas. Muitas vezes a bola surgiu redondinha para Souza sair, mas ele era incapaz de o fazer.
Kléber eclipsou-se pois andou sempre também envolvido em tarefas que impedissem Marcherano ou Xavi de sair com bola. Havia um fosso enorme entre o nosso meio campo e o tridente ofensivo, e assim só em fugazes contra ataques, e nas investidas de Hulk, conseguímos criar algum perigo.
Na primeira parte, criamos duas boas oportunidades de golo, uma no remate de Moutinho e outra no remate cruzado de Hulk, depois de passar por Adriano de forma brilhante.
Depois surge o momento do jogo. Fruto da pressão alta do Barcelona, Guarin efectua um passe errado e isola Messi, que não perdoa.
Saímos para o intervalo com o sabor injusto do resultado.
Na segunda parte pensei que se iriam operar substituições, nomeadamente para ter alguém que levasse o jogo para a frente, refiro-me a Belluschi.
Jogar talvez em losango, deixando na frente dois homens (Hulk e Kleber)apoiados pelo Belluschi e com Hulk a deambular entre linhas.
Era notório que quando partíamos para cima da defesa catalã eles se borravam todos, e faziam atrasos para Valdés mandar para a bancada.
Não fizemos essa mudança táctica, no entanto criamos duas boas oportunidades na segunda parte, mais uma vez num remate de Moutinho desviado por Marcherano e depois num remate rasante de Guarin.
Depois de um jogo tão desgastante, a que os nossos jogadores foram sujeitos, surgiram as expulsões. Embora a de Rolando pudesse ter sido perdoada pelo árbitro, uma vez que é um lance normal.
Otamendi foi um senhor na nossa defesa e a par de Helton e Sapunaru, os três rubricaram uma excelente exibição. Sapunaru aniquilou Villa que acabou por ser substituído.
Fucile teve mais dificuldade pois o Barcelona estudou o FC Porto e explorou esse flanco, abrindo Dani Alves bem na linha. Aqui Cebola podia ter tido um papel mais pro activo impedindo as investidas do lateral, que muitas vezes fez o dois para um com Pedro diante de Fucile.
A derrota não nos envergonha. Fomos dignos e batalhadores. Travar o Barcelona, é tipo um gajo tentar tapar-se com um cobertor de metro. Tapa em cima, destapa em baixo e vice versa.
Lamento que o árbitro não tivesse assinalado o penalti claro sobre Guarin, que daria o empate. O outro penalti reclamado, não há uma imagem nítida, embora se veja o movimento do braço, não vê onde bate a bola claramente.
Lamento também ainda não termos ainda contratado um ponta de lança de nível mundial, e que as indefinições do mercado afectem o rendimento de alguns atletas.
Para consumo interno o que temos basta, mas temos de reforçar o eixo ofensivo para atacar a champions.
Enquanto treinador de sofá não percebi a não inclusão de James na convocatória. Mas também sei que o mister disse que só foram os que estavam em condições.
Jogamos com as armas que tínhamos, e foi pena não termos sido mais atrevidos no ataque, aproveitando a falta dos centrais titulares do Barça, para vencer.
E vamos ter paciência, esperar que o plantel seja fechado, ter tranquilidade e confiar na SAD e equipa técnica.
bj e bom fim de semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
Boas Ana,
O jogo de ontem foi um motivo de orgulho para todos nós, sem duvida que temos equipa e atitude para uma grande epoca ... e la para o fim da champions queremos a desforra.
beijinho
http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/
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