Vamos esquecer esta edição da Taça da Liga? É que foram três
jogos maus de mais para serem reais.
Ao início de noite desta Quarta o FC Porto deslocou-se ao
terreno do Feirense, em jogo a contar para a terceira jornada da fase de grupos
da Taça da Liga. No final do encontro verificou-se a derrota dos Dragões por
2-0.
Os azuis e brancos hoje entraram em campo sabendo que este
era tão somente um jogo para cumprir calendário, porque a qualificação para as
meias finais perdeu-se na primeira jornada. Era, também por isso, um jogo para
Peseiro dar oportunidade aos menos utilizados e a alguns atletas da B. e foi
isso que o treinador portista fez ao apostar num onze composto por: Helton;
Víctor García, Maicon, Chidozie e José Angel; Ruben Neves, Imbula e Sérgio
Oliveira; Varela, André Silva e Suk.
Mas quem aproveitou bem essa oportunidade?
É óbvio que o FC Porto está numa fase de transição e de
adaptação ao novo treinador, que precisava de ter tempo, mas não há tempo para
ter tempo e por isso não se esperava que as coisas fossem perfeitas; também não
me parece razoável fazer qualquer tipo
de comparação entre este jogo e o do passado fim-de-semana frente ao Marítimo,
simplesmente porque a equipa foi, literalmente, outra.
Também há outro problema, que é algo que já escrevi aqui a
alguns jogos a trás, mas que, infelizmente persiste e temo que ainda vai
demorar a passar: todos os jogos assumem proporções de extrema dificuldade. A
equipa joga sobre brasas, mergulhada numa ansiedade sem tamanho em que a
necessidade de fazer tudo bem acaba por sair tudo mal e o resultado é o crescer
da intranquilidade da equipa. E acrescento, com a agravante dos adversários
conseguirem aproveitar ao máximo os erros que a equipa comete. Se não vejamos:
no jogo de hoje nas oportunidades claras de golo, que foram poucas, ou os
jogadores não estavam no sítio certo para as concluir da melhor forma, ou algum
adversário cortava o lance na hora certa; enquanto que, nomeadamente no segundo
golo do Feirense – e como já aconteceu, por exemplo em Guimarães – a bola
entra… bem que podia ir à trave ou para fora, mas não. O que significa que a
somar à ansiedade, à intranquilidade, à incapacidade de reação, à adaptação a
novos métodos em plena competição, também tem faltado alguma sorte.
Mas hoje fica outra questão no ar: mister, porque não fazer
alterações na segunda parte? Será que nenhum dos que estava no banco era capaz
de refrescar a equipa e, quem sabe, conseguir fazer algo melhor? Até porque
estão habituados a jogar juntos…
É que o FC Porto não fez, de todo, um bom jogo. No primeiro
tempo os dragões tiveram bola, mas sem conseguir fazer algo de útil com a
mesma, que é como quem diz, sem criar ocasiões de perigo. Não se pode dizer que
o perigo tivesse rondado a baliza de Helton muitas vezes, contudo, os portistas
chegaram ao intervalo a perder. Já que foi assinalada uma grande penalidade?
Helton ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu impedir os festejos.
No segundo tempo o FC Porto pareceu querer reagir à desvantagem,
mas a eficácia – sempre a eficácia – não marcou presença. André Silva e Suk
protagonizaram lances que podiam ter tido outro destino, a baliza. Quem não
marca sofre e foi o que se passou. O Feirense, aproveitando mais um erro
defensivo, chegou ao segundo golo.
Foi um resultado justo? Talvez não, mas a verdade é que foi
o que se passou.
Em suma, foi mais um jogo, o terceiro desta competição, para
esquecer o mais rápido possível, é que nem dá para por a hipótese de relembrar
para não cometer os mesmos erros mais tarde… vamos esquecer e ponto final…
vamos olhar para o campeonato, que é aquela competição onde as forças tem de se
concentrar no imediato. E, entretanto, esperar que os níveis de confiança da
equipa subam e que em sentido inverso a ansiedade desça.
É importante que nesta fase, por mais difícil que seja, que
os adeptos estejam com a equipa, porque a equipa precisa de todos nós. É
importante que não se desista da equipa e que estejamos todos juntos na
recuperação que se quer e deseja rápida.
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