segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Um Curto Desabafo



A mim pouco me importa se é A, B ou C o futuro treinador portista - senhores jornalistas e que tal deixarem de fazer perguntas sobre esse assunto a jogadores e a Rui Barros? Afinal de contas não são eles quem tem de falar sobre isso. Mas há algo que me preocupa verdadeiramente: o facto de sentir que a decisão do despedimento de Lopetegui não foi algo, minimamente, planeado. Para mim tal fica evidente, sobretudo, nesta demora em resolver de vez a questão, para que a equipa volte a trabalhar com tranquilidade, não é que Rui Barros não seja capaz de dar à equipa essa tranquilidade, mas se os jogadores tem a noção, tal como o próprio, que esta é uma solução temporária, o trabalho acaba, naturalmente, por ser diferente. Depois há toda esta novela, em que há uma parafernália de protagonistas, feitos protagonistas pela imprensa, claro está, que não contribui para a estabilidade da equipa.
Por consequência, receio que a saída de Lopetegui, que como se vê, não resolveu todos os problemas, signifique que é pior a emenda que o soneto. No fundo temo que o FC Porto se torne governado de fora para dentro e não de dentro para fora . Ou seja, que a opinião dos adeptos comece a contar mais do que a razão de quem lá está dentro a comandar as tropas. Se assim for - já vimos este filme noutras latitudes – suspeito que não vai dar bom resultado.
Obviamente que acho que a opinião dos adeptos deve ser tida em conta, mas sem cair no exagero de cada vez que houver forte contestação a um treinador seja feita a vontade às massas. Afinal de contas uma das imagens de marca do sucesso portista era, exatamente, o facto deste ser governado de dentro para fora. Se nos recordarmos, por exemplo, Vítor Pereira, na sua segunda época aos comandos do FC Porto, foi muito contestado, mas conseguiu levar a nau a bom porto, porquê? Porque pôde mais a razão do Presidente do que a contestação dos adeptos.
Gostava, por isso, que o Presidente dissesse algo, mais que não fosse para que os nomes atirados diariamente deixassem de ser uma realidade.
Espero, sinceramente, estar errada e que não se tenha perdido tudo na identidade do meu FC Porto.


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