“Os jornais Record e A
Bola noticiaram ontem a abertura de um processo disciplinar ao FC Porto por
causa das críticas deste Diário à arbitragem. A notícia já de si pareceria
estranha, mais própria de outras paragens e de outros tempos, quando se tenta
limitar a liberdade de expressão, de opinião, de indignação, mas o pior ainda
estava para vir. O FC Porto não recebeu nenhuma notificação de qualquer processo,
nem deste que terá sido instaurado anteontem, nem de um outro alegadamente
instaurado a 3 de novembro. Se não há notificação não há processo, como parece
ser elementar, mas a verdade é que há uma possibilidade do arguido não ser
notificado, que é não prejudicar a investigação. Mas é aqui que se levantam
interrogações. Se o FC Porto não é notificado para salvaguarda da investigação,
se não é oficialmente anunciado em lado algum que o FC Porto tem um processo –
no site da federação diz apenas que foi “instaurado processo disciplinar a
sociedade desportiva por afirmações respeitantes ao exercício da função da
arbitragem” – como é que os jornais Record e A Bola sabem que é o FC Porto o
arguido em questão? Só o podem saber porque alguém do próprio Conselho de
Disciplina ou da Comissão de Instrutores da Liga – os únicos com acesso a essa
informação – resolveu revelar aos jornais. Mas então se divulgou aos jornais
cai por terra a tese da não notificação do arguido para não prejudicar a investigação.
Complicado não é? Não é nada complicado, mas é kafkiano qb. Explicar isto tem
de ser o passo seguinte do Conselho de Disciplina e da Comissão de Instrutores,
para não ficarmos todos a pensar que vivemos num mundo virado do avesso.
Dando como boa a informação dos jornais Record e A Bola, até porque só pode vir de fonte interna, não deixa de ser preocupante que o Conselho de Disciplina queira condicionar o que se escreve neste diário. Tudo o que aqui se tem dito baseia-se em factos. O sr. João Pinheiro transformou um penálti em amarelo por simulação a Otávio no jogo de Setúbal e o sr. João Capela não assinalou três grandes penalidades a favor do FC Porto em Chaves – e posteriormente mais uma em prejuízo do Chaves, como aqui também se escreveu. Isto são factos e o que as entidades do futebol, sejam elas quais forem, têm de se preocupar é com esta adulteração da verdade desportiva e não com o que este diário escreve. Esta inversão da moral é preocupante e segue aquela ideia totalitária e ditatorial se não se fala não aconteceu. Aconteceu sim, aconteceu demasiadas vezes e continua a acontecer e o Dragões Diário não se vai calar enquanto as 18 equipas da competição não forem tratadas da mesma forma.”
Dando como boa a informação dos jornais Record e A Bola, até porque só pode vir de fonte interna, não deixa de ser preocupante que o Conselho de Disciplina queira condicionar o que se escreve neste diário. Tudo o que aqui se tem dito baseia-se em factos. O sr. João Pinheiro transformou um penálti em amarelo por simulação a Otávio no jogo de Setúbal e o sr. João Capela não assinalou três grandes penalidades a favor do FC Porto em Chaves – e posteriormente mais uma em prejuízo do Chaves, como aqui também se escreveu. Isto são factos e o que as entidades do futebol, sejam elas quais forem, têm de se preocupar é com esta adulteração da verdade desportiva e não com o que este diário escreve. Esta inversão da moral é preocupante e segue aquela ideia totalitária e ditatorial se não se fala não aconteceu. Aconteceu sim, aconteceu demasiadas vezes e continua a acontecer e o Dragões Diário não se vai calar enquanto as 18 equipas da competição não forem tratadas da mesma forma.”
Em Dragões Diário
Alguém consegue
explicar? É que é difícil perceber como é que isto é possível, como é que os
jornais sabem do processo ao invés do principal interessado? Para as cenas dos
próximos capítulos espera-se uma resposta do Conselho de Disciplina ou da
Comissão de Instrutores, que sirva de explicação, para que se perceba todo este
imbróglio.
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