Empate amargo
No final de tarde deste domingo o FC Porto recebeu o Benfica,
em jogo a contar para a 10ª jornada da Liga. No final do encontro verificou-se
um empate a 1.
Para este encontro Nuno Espírito Santo apostou num onze
composto por: Casillas; Maxi, Filipe, Marcano e Alex Telles; Danilo, Óliver e Otávio;
Corona, André Silva e Diogo Jota.
Foi o Benfica quem criou a primeira situação de perigo. Mas
depois o FC Porto pegou no jogo, pressionou, controlou e dominou o adversário,
sem permitir que os encarnados conseguissem colocar a sua estratégia em campo. No
entanto o golo não surgiu, ou porque a defesa do Benfica intervinha no momento
decisivo; ou porque o guarda-redes travava os remates; ou porque os jogadores
portistas atiravam fora do alvo. Por isso André Silva, Alex Telles, Danilo ou
Corona não conseguiram festejar e colocar os Dragões em vantagem.
No segundo tempo, ao minuto 50, Diogo Jota ativou o
marcador. Festa nas bancadas do Dragão e uma vantagem justa. O Benfica procurou
reagir, como seria de esperar, e Casillas viu-se obrigado a travar um remate. O
mesmo teve de fazer o guarda-redes do Benfica a um remate de Alex Telles. Quando
já faltava pouco para o final do tempo de compensação, eis que chegou o golo do
empate. Herrera cedeu um canto, no qual a defesa portista esteve mal a defender
e as bancadas do Dragão gelaram perante a injustiça.
Não se esperavam facilidades, até porque num clássico nunca
se podem esperar facilidades. Gostei do jogo, sobretudo do primeiro tempo. A
primeira parte foi fantástica, não faltou garra, atitude e querer, com o FC
Porto a pressionar, controlar e dominar, mas sem conseguir materializar a
superioridade em golos. O segundo tempo foi um pouco diferente, com o Benfica,
como seria de esperar, a procurar reagir e responder à desvantagem e o FC Porto
perdeu um pouco da superioridade, sem contudo deixar de pressionar, mas sem ser
perigoso como seria de esperar. Não consigo acreditar como o FC Porto deixou fugir
a vitória nos minutos finais, quando Herrera deu canto aos encarnados – ó Herrera,
o que te passou pela cabeça? – e a equipa defendeu mal. Na minha opinião, Nuno
Espírito Santo não mexeu mal na equipa, foi reagindo às substituições de Rui
Vitória, procurando refrescar, sobretudo, o meio campo com as entradas de Ruben
Neves, Layun e Herrera para os lugares de Corona, Óliver e Jota. Seria
fantástico se os jogadores não necessitassem de ser substituídos, mas tal não é
possível. Claro que poderia ter mexido de outra forma, talvez optando por um
jogador de ataque, como Brahimi ou Depoitre, em vez de Herrera, mas agora é
muito fácil fazer este exercício, nuno fez o que achou que era o melhor e
seria, caso não tivesse surgido aquele golo ao cair do pano, ou se o FC Porto
tivesse conseguido chegar ao segundo. Ainda há muito campeonato, muitos pontos
em disputa – não acredito que o Benfica vai ganhar os jogos todos – cabe, por
isso, ao FC Porto fazer o que tem de fazer, ganhar os seus jogos, porque as contas
fazem-se no final, não à 10ª jornada.
Em suma, deste jogo, que o FC Porto foi superior, sobra um
empate e um terrível amargo de boca.
Com este empate permanece a distância de 5 pontos entre as
duas equipas, com o FC Porto a somar agora 21 pontos.
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