quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Notas Sobre André Silva e Sobre o Momento do FC Porto



Sobre André Silva
Fiquei feliz pelo número 10 portista ter voltado aos golos, sobretudo por ter convertido a grande penalidade. Estou certa que não conseguir marcar estaria a ser um peso demasiado grande para ele. Resta-nos esperar que a sua confiança retome os níveis do início da época e que o FC Porto possa contar com os seus golos.
Durante o tempo que durou a seca de golos do avançado portista, e de toda a equipa, muitos duvidaram do valor do número 10. Mas não podemos esquecer que o André Silva é um jovem que acabou de sair da formação, que deveria ser suplente, ou jogar ao lado, de um ponta de lança experiente a quem pertencesse a responsabilidade de fazer os golos. Assim o André, que apenas tem 21 anos, poderia evoluir sem pressão, corrigindo os erros que ainda comete, dando asas ao seu talento sabendo que não está sobre os seus ombros o peso da responsabilidade de serem dele os golos.


Sobre o Momento do FC Porto
Há dois conceitos, autoeficácia e eficácia coletiva, que, na minha opinião, são capazes de explicar o que aconteceu com  a equipa portista nos cinco jogos que empatou por  não conseguir marcar e o que mudou com o jogo frente ao Sporting de Braga e que ontem resultou em goleada.
Entende-se por autoeficácia a crença na capacidade pessoal para organizar e executar ações de modo a atingir determinado desempenho. Ou seja, neste caso se um jogador não acredita, ou não confia, que consegue acertar na baliza, dificilmente acerta. Quanto à eficácia coletiva, é a crença partilhada pelo grupo nas suas capacidades conjuntas para organizarem e executarem ações de forma a produzirem certos níveis de rendimento. Isto é, neste caso, se a cada um falta autoeficácia, ou confiança, para executar as jogadas, vão passando a bola, mas se o colega está na mesma situação, dificilmente consegue ser eficaz.
Na minha opinião, a falta de eficácia que atingiu a equipa fez crescer a ansiedade, na mesma proporção que fez decrescer a confiança, as crenças de autoeficácia e de eficácia coletiva. E quanto mais minutos passavam sem que a bola entrasse, apesar das ocasiões de golo, o problema ia agravando, qual bola de neve. Daí que no Sábado Rui Pedro, que não tinha partilhado o problema com a equipa, tenha sido capaz de marcar aquele golo, mesmo no final do jogo. O golo de sábado funcionou como um clique que fez com que a equipa deixasse de ter um problema de eficácia que tinha, até então, resultado em cinco empates, permitiu que se libertasse da preção de não marcar, fez a ansiedade diminuir enquanto que a confiança cresceu, bem como as crenças de autoeficácia e a eficácia coletiva.
Por essa razão ontem o FC Porto conseguiu conjugar as boas jogadas com a confiança e a eficácia necessárias e assim os golos surgiram naturalmente. Agora espera-se que a equipa aproveite da melhor forma este balão de oxigénio.







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